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6 de out. de 2016

Mundo vai precisar de 69 milhões de professores, diz Unesco

Quase 69 milhões de novos professores são precisos no mundo para que seja alcançado o objetivo de fornecer educação primária e secundária universal e de qualidade até 2030, segundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, alerta a UNESCO.
Num comunicado emitido no Dia Mundial do Professor, dia 5 de Outubro, a agência da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) indica, citando números do seu Instituto de Estatística, que nos próximos 14 anos serão necessários 24,4 milhões de professores do ensino primário e 44,4 milhões de docentes do ensino secundário.
A região com o maior fosso entre o número de professores necessários e o de docentes disponíveis é a África Subsaariana, onde serão necessários mais 17 milhões de professores primários e do secundário até 2030.
A África Subsaariana, onde mais de 70% dos países já enfrentam séria escassez de professores primários e onde 90% dos Estados têm uma grave carência de professores do ensino secundário, é também a região com maior crescimento da população em idade escolar. O sul da Ásia tem o segundo maior fosse, especialmente ao nível secundário: Com apenas 65% dos jovens da região atualmente a frequentar o ensino secundário, o rácio de aluno por professor é de 29:1 (dados de 2014) -- muito acima da média global de 18:1.
O sul da Ásia precisa de 15 milhões de novos professores até 2030, a grande maioria (11 milhões) no nível secundário.
Mas há outras partes do mundo que enfrentam graves problemas: A guerra na Síria e no Iraque destruiu grande parte dos sistemas educativos nos dois países e teve um efeito severo nos países vizinhos, que tentam lidar com uma entrada massiva de crianças e jovens refugiados a precisar de educação. Numa mensagem conjunta citada no comunicado, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder, o diretor executivo da UNICEF, Anthony Lake, a administradora do programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Helen Clark, e o secretário-geral da Education International, uma federação internacional de sindicatos de professores, sublinham a necessidade de ação urgente.
"Os professores não ajudam apenas a desenhar o futuro individual de milhões de crianças, também ajudam a desenhar um mundo melhor para todos. Como podemos recrutar novos professores e atraí-los para a vital profissão docente quando em todo o mundo há tantos que estão mal formados, mal pagos e subvalorizados?", escrevem.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), definidos em 2015 para suceder aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, preveem, entre outros, uma educação de qualidade inclusiva e equitativa para todos até 2030.
Numa altura em que se estima que 263 milhões de crianças e jovens estejam excluídos do ensino primário e secundário em todo o mundo, os ODS exigem professores mais qualificados e mais apoio da comunidade internacional para formar professores nos países em desenvolvimento. Fonte: http://portocanal.sapo.pt/noticia/103094



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