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29 de nov. de 2016

Desemprego no Brasil atinge recorde e deve continuar subindo


O mercado de trabalho brasileiro continua sofrendo fortemente com a recessão econômica que o país atravessa. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 11,3%,segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) publicados nesta sexta-feira. Até o fim junho, o país tinha 11,6 milhões de pessoas procurando emprego. Este é o maior patamar de desemprego já registrado pela Pnad Contínua desde o início da série, em 2012. A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre que registrou um desemprego de 10,9%. Já na comparação com o segundo trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%. Naquela época a taxa era de 8,3%. Em um ano, houve um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas desempregadas no Brasil.

A indústria é setor que mais percebe a crise e o ambiente recessivo que temos hoje", explicou Cimar Azevedo, coordenador da pesquisa, em coletiva de imprensa. Entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre deste ano foram perdidos 1,44 milhão de empregos no setor. Ainda segundo a pesquisa, a população ocupada no Brasil soma 90,8 milhões de pessoas e não registrou variação frente ao trimestre anterior. No entanto, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve recuo de 1,5% no número de ocupados, o que representa menos 1,4 milhão de pessoas no mercado de trabalho.

A maioria das projeções dos economistas já estimavam que o número de desempregados subisse no último semestre. Ainda que haja uma  sensação de que a economia brasileira começa dar alguns sinais de melhora em determinados setores, o mercado de trabalho é sempre o último a retomar um crescimento, segundo Bruno Ottoni, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: brasil.elpais.com

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