Breaking

24 de fev. de 2022

A Guerra Começou: preço dos combustíveis no Brasil pode subir. Bolsonaro fez aposta diplomática errada

A Russsia anunciou invasão e comunidade internacional reagiu imediatamente. Putin justificou ação militar para proteger separatistas no leste e ameaçou quem tentar interferir. ONU pediu que ele recue e Biden disse que guerra será catastrófica.

 




Exército da Ucrânia está respondendo a ataques russos, diz presidente Volodymyr Zelensky; pelo menos 50 soldados russos teriam morrido. Militares da Ucrânia afirmaram mortes ocorreram na região de Luhansk, destruíram 4 tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e que derrubaram 6 aeronaves russas. 


Os militares da Ucrânia estão respondendo aos ataques da Rússia no sul e no norte do país, e já há perdas entre os russos, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira (24), após a invasão russa.


Mais cedo, os militares da Ucrânia afirmaram que mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk, destruíram 4 tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e que derrubaram 6 aeronaves russas, também no leste do país, de acordo com a agência Reuters.


Aposta diplomática errada

O governo do presidente Jair Bolsonaro fez a aposta diplomática errada ao visitar e prestar solidariedade ao presidente Vladimir Putin. Essa avaliação é feita por assessores presidenciais e diplomatas brasileiros depois que Putin decidiu reconhecer a independência de duas províncias da Ucrânia e enviar tropas para elas, Donetsk e Lugansk, situadas na região de Donbass, na divisa com a Rússia. O Brasil contava com um cenário de paz, não de risco real de conflito na região. Para piorar, o gesto de Bolsonaro desagradou aos Estados Unidos.



Antes da viagem para Rússia, Bolsonaro foi informado por sua equipe que a tendência era de pacificação na região e que Putin estava fazendo apenas ameaças, mas não partiria para medidas mais concretas e graves. E foi também aconselhado a não falar do conflito entre os dois países. Só que o presidente brasileiro acabou falando que o Brasil é “solidário” à Rússia, despertando a ira dos Estados Unidos.


Agora, o Brasil pode sofrer na diplomacia, porque a relação com os Estados Unidos já não era boa, depois que Bolsonaro foi o último líder do G20 a reconhecer a vitória de Joe Biden contra Donald Trump, aliado do presidente brasileiro. Piores, segundo assessores presidenciais, são os efeitos na economia.


A tendência é que o barril do petróleo supere os US$ 100, podendo chegar a US$ 120. O que vai gerar pressão inflacionária em toda cadeia produtiva brasileira, a começar pelo preço dos combustíveis. E esse aumento vem, para azar do governo brasileiro, no momento em que havia uma boa notícia no setor, com uma queda constante do valor do dólar, que sinalizava cair abaixo de R$ 5.


Bolsonaro já vinha travando uma disputa política interna sobre o preço dos combustíveis, tentando transferir a responsabilidade pela alta no valor da gasolina, diesel e gás de cozinha para os Estados. Uma guerra mirando a disputa eleitoral deste ano. Tema que vai estar presente na campanha presidencial.


Se esse cenário persistir ou piorar, a inflação brasileira, que estava começando a recuar, pode ficar pressionada ao longo de todo o primeiro semestre. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez uma previsão de que o pico inflacionário no Brasil seria em abril e maio. Essa previsão, porém, pode ficar defasada diante da mudança no campo econômico mundial.




Nenhum comentário:

Postar um comentário