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25 de set. de 2016

O que faz de Escritores da Liberdade um filme indicado para todo aquele que é ou quer ser professor?

 "Não é um filme sobre dramas familiares ou guerra de gangues, mas uma história sobre o poder transformador da educação e o papel importante do professor em mostrar o caminho"

        Olha não vou mentir pra você que pensa em ser professor ou que está começando agora, ser professor não é para todos. Em termos sociais é uma das profissões mais desvalorizadas, e as perspectivas futuras indicam que os problemas enfrentados pelos professores tendem a piorar. Uma outra verdade é que muitos terminam entrando nessa carreira por que foi o caminho mais fácil, claro que ninguém vai admitir isso, mas no fundo sabe que foi assim. Também não vamos ser injustos, pois é verdade também que outros entram por acaso e descobrem que nasceram pra isso. Daí você já deve está se perguntando, o que isso tem haver com o filme?  Uma das perguntas que esse filme responde é: Como eu posso diferenciar um professor que ama a sua profissão daquele que entrou por acaso ou fez uma escolha errada e se arrependeu?  Mas a pergunta fundamental que ele responde é: Qual deve ser o real papel do professor diante de tantos problemas do sistema educacional?  E acima de tudo, esse filme deixa claro que essa não é o tipo de carreira que vai fazer alguém feliz se realmente não faz por amor.
A História 
    Quando o Diário de Anne Frank foi publicado há quase 50 anos, ela passou a ser um simbolo de todos que sobreviveram ao Holocausto. Uma jovem judia, se escondendo da Gestapo com sua família em um apartamento secreto em Amsterdam olhando para uma sobrevivência incerta. No entanto, seu diário revelou um sentimento de otimismo para um futuro melhor, a falta de medo e esperança que, contra todas as probabilidades eles sobreviveriam. E apesar de Anne Frank ter morrido, o diário que ela deixou para trás vive, e continua a impactar poderosamente a vida dos outros. Uma professora idealista (Hilary Swank) em uma escola de Los Angeles acredita que pode fazer a diferença na vida de seus alunos desfavorecidos de um lugar muito violento, dominado por gangues e racialmente dividido. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso cria um projeto de leitura e escrita, iniciada com o livro " O diário de Anne Frank" em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas. Ao criar um elo de contato com o mundo Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que permite ao mesmo se libertarem de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos independente da cor, da pele, da origem étnica, da religião etc. E não foi por acaso que a maioria dos alunos de Erin Grewall na vida real foram para faculdade, isso mesmo, esse filme é baseado em uma história real.
Mas por que assistir?
       O Diário dos Escritores da Liberdade (Freedom Writers) serve como um testemunho do que é possível fazer em uma sala de aula. E a mensagem clara de que um professor bem sucedido, diferentemente de outras profissões, está diretamente relacionado com o sucesso de seus alunos. Que um professor não pode apenas entregar os pontos e dizer "Não é culpa minha, o sistema que não me fornece as ferramentas para fazer bem o meu trabalho" ou " Não posso fazer nada por esse aluno desinteressado". Um bom professor quebra barreiras, vence obstáculos para garantir que seus alunos tenham a melhor educação possível, para motiva-los não importa o quão difícil seja suas vidas.
       Não é um filme sobre dramas familiares ou guerra de gangues, mas uma história sobre o poder transformador da educação e o papel importante do professor em mostrar o caminho. Ele também não usa o sofrimento de jovens carentes ou problemáticos para explorar sentimentalismo. Em vez disso, ele fornece um contexto em que estes jovens podem ver o seu próprio sofrimento, não como uma justificativa para mantê-los na miséria de suas próprias vidas, mas sim como um incentivo para lutar por algo melhor, e mais ainda, deixar o caminho para outros seguir, seja aluno ou professor.
"É algo para deixar para trás dizendo, estávamos aqui."





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